O LIVRO

O LIVRO

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Nossa Literatura - SAUDADES - Casimiro de Abreu



Saudades
     Casimiro de Abreu

Nas horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!

Nessas horas de silêncio,
De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.

Então ? proscrito e sozinho ?
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra.
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
? Saudades ? dos meus amores,

? Saudades ? da minha terra !

Nenhum comentário:

Postar um comentário